TELMA DUTRA
( Brasil – Pernambuco )
Telma Maria Dutra nasceu no Recife em 1958.
É formada em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Escreve desde os 17 anos.
Possui mestrado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2004); possui especialização em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira; curso de Letras - todos pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é professora efetiva - Secretaria de Educação de Pernambuco . Exerceu a função de professora na Faculdade de Olinda( FOCCA), de 2008 até 2019 .Tem experiência na área de Educação, ensino de Teoria da Literatura, Literatura Brasileira, Prática de Ensino , Metodologia de Língua Portuguesa, Estrutura e Funcionamento da Educação, Português Instrumental. Exerceu a função de Professora-autora em Teoria da Literatura, Crítica Literária e Teoria da Ficção na modalidade de Educação a distância, na Universidade Federal Rural de Pernambuco( UFRPE). Professora executora na modalidade de Educação a distancia em Literatura Luso Brasileira e Crítica Literária na Universidade Federal Rural de Pernambuco( UFRPE) - 2010/2012. Formação em PSICANÁLISE, na ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO, ABEPE,EM 2014.Especialização em Intervenções Clínicas na Abordagem Psicanalítica, realizada na FAFIRE, 2015/2016.
Biografia extraída de: https://www.escavador.com
DUTRA, Telma. Guerras e dentes. Recife, PE: Edilções Pirata, 1983. 36 p. ilus. Ilustrações de Fausto Martins. 14 x 21 cm
Ex. bibl. Antonio Miranda
Doação do livreiro Jorge Brito /Brasília
DANÇA INERTE
Sopro que se esvai,
Fumaça que se confunde,
Vapor que ao vento seca,
Renúncia que não possuo.
É ir-me em dança contigo.
LÚCIDA EMBRIAGUEZ
Quando venço o sono
Sobrevem-me o sonho,
Pego no espaço pedaço
do todo que se forma
Lucidamente na embriaguez
de minha alma inconformada.
Lanço-me à força
a tudo que me pertença.
REFLEXO SEM RETORNO
São horas os segundos
idos sem retorno
à primavera de meus sonhos.
São falas ao vento
O dialogar contigo.
És espelho sem reflexo
Onde instintivamente me procuro.
POETA DE MIM MESMA
Sou poeta de mim mesma
Regato-me nem verso só.
Descomponho-me em partes
Sou louca criatura a mais
No universo vasto do meu espaço.
Ilustração de Fausto Martins
BREVIDADE
Deixas morrer lá fora o tempo.
Que sejamos uno enquanto
houver razão nossa.
Deixas perder-se desejo fugaz
que sejamos muito mais.
Deixas ir-se ao vento
a brevidade que nãos somos,
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